Histórico


"A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos" (Cícero).
 
No ano de 2004, na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), uma instituição de ensino superior (IES) estadual, com 32 anos de história pública completados em 2021, estruturou-se um grupo de docentes do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) para a Implantação de cursos de Mestrados Acadêmico e Profissional em Ciências da Saúde e Cuidados Primários em Saúde, respectivamente. Contando com o apoio da gestão superior da universidade, esse grupo docente, composto por recém-doutores capacitados em cursos disciplinares da área de Saúde e afins. Esses docentes tinham como característica a titulação de doutorado obtida em diferentes programas de pós-graduação (PPG) stricto sensu consolidados dos Estados de Minas Gerais e São Paulo principalmente.
Os cursos de Mestrado Acadêmico em Ciências da Saúde e o curso de Mestrado Profissional em Cuidados Primários em Saúde exibiam desde suas formações uma composição multiprofissional, com ações de Ensino de Pós-graduação e Pesquisa de perfis multidisciplinares originais. Contudo, o programa tinha ciência já naquele momento da necessidade de desenvolver um trabalho coletivo, com geração de ações profissionais interdisciplinares, para adequada sintonia com as diretrizes formuladas pela Câmara Técnica IV (Saúde & Biológicas) da Área Multidisciplinar (atualmente denominada Interdisciplinar) da CAPES para os PPG aqui abrigados. Para alcançar esse objetivo foram realizadas várias reuniões para a definição de áreas de concentração e linhas de pesquisas do programa em alinhamento com a formação intelectual e os projetos de pesquisa desenvolvidos pelos docentes interessados. Adicionalmente, o que configurava como maior motivo de preocupação era o alinhamento desses itens com a geração de um programa de composição docente com perfil multiprofissional mas, capaz de realizar ações interdisciplinares em suas atividades profissionais pelo programa. Esse trabalho foi muito desafiador pois, a expressão da formação intelectual disciplinar de cada membro docente participante dos trabalhos de concepção dos cursos ainda era muito forte e representava uma barreira para o desenvolvimento de ações interdisciplinares de interesse.
Naquele momento histórico, percebia-se que haveria uma enorme demanda de candidatos com curso superior, capacitados em diferentes áreas do conhecimento humano, oriundos da cidade de Montes Claros (Minas Gerais), que naquela época se estabelecia como uma cidade polo universitário da macrorregião norte do estado. Uma vez obtendo êxito quanto à aprovação junto à CAPES, nossos cursos de pós-graduação representariam os primeiros da área de conhecimento da Saúde na UNIMONTES e os únicos a serem oferecidos, até o ano de 2019, dentro de um raio de distância de 400 Km.  Entretanto, o desafio naquele momento para a construção de nossas propostas era ainda maior: era preciso resolver alguns entraves institucionais antes do encaminhamento da nossa proposta para a CAPES.
Notadamente, a carência interna de pesquisadores docentes, doutores, produtivos cientificamente, com atividades de Ensino e de Pesquisa bem estabelecidas na área de Ciências da Saúde. Além disso, era preocupante a escassez de projetos de pesquisas em desenvolvimento por esses docentes que apresentavam composição multiprofissional, muito menos com previsão de ações interdisciplinares em pesquisa. Esses fatores representavam nossos maiores desafios naquele momento para configuração de um grupo de trabalho docente que considerávamos em sintonia com as orientações da CAPES. Fora necessário tentar o estabelecimento de termos de cooperação com gestores e pesquisadores de PPG de outras IES, já bem estabelecidos naquele momento junto à CAPES, para superarmos essas barreiras. Em 2005, conseguimos estabelecer uma estratégia para desenvolvimento cooperativo de Pesquisas e de Ensino de Pós-graduação com gestores e pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, da Fiocruz-Minas, Instituto René Rachou (Belo Horizonte, MG). Essa estratégia de cooperação técnico-científica, solidária, se revelou imprescindível para o amadurecimento do nosso projeto de PPG. Novos membros docentes vindos da IES parceira foram agregados ao corpo docente da nossa proposta. Ocorreram inúmeras reuniões presencias e trocas de e-mails com o objetivo de criação de uma proposta consistente de abertura de novos cursos de pós-graduação stricto sensu junto a CAPES. Era fundamental que nossa proposta apresentasse coerência entre as áreas de concentração e linhas de pesquisa com a capacitação intelectual de seus docentes e com os projetos de pesquisas multiprofissionais, de ações interdisciplinares, em desenvolvimento ou desenvolvimento previsto. Os pesquisadores da Fiocruz Minas e do PPGCS compartilharam suas expertises para o desenvolvimento de atividades profissionais de interesse aos programas, notadamente a geração de projetos de pesquisas e orientação e coorientações de pós-graduandos em parceria. Houve um franco interesse no estreitamento de laços de pesquisa entre muitos dos pesquisadores do PPGCS e da Fiocruz Minas e o trabalho realizado ao longo dos anos se revelou exitoso em vários aspectos.
Contudo, ainda em 2005, tínhamos ainda por resolver algo importante para termos aprovação de nossa proposta para melhor a perspectiva de chancelamento dos cursos em construção junto à CAPES: a baixa captação de recursos financeiros para o estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento de projetos de pesquisas. Da mesma forma, o programa se preocupava com a necessidade de atração contínua de mais docentes tecnicamente produtivos para a composição profissional dos novos cursos requisitados. Ainda em 2005, com interesse à divulgação interna (comunidade docente universitária) sobre nossa proposta de criação de cursos de pós-graduação stricto sensu em Ciências da Saúde, foram realizadas três oficinas dentro da IES abertas ao público. As propostas foram muito bem recebidas e geraram retornos positivos. Num prazo de dois meses depois, após maior amadurecimento intelectual das nossas proposta, essas foram encaminhadas via formulário para apresentação de propostas de cursos novos (APCN), na Área Multidisciplinar (Interdisciplinar) da CAPES para análise.
No ano de 2006, obtem-se a aprovação pela CAPES dos cursos de Mestrado Acadêmico em Ciências da Saúde e Mestrado Profissional em Cuidados Primários em Saúde (CNE/Portaria MEC 73, publicada no Diário Oficial da União em 19/01/2007 e Parecer CNE/Portaria CES 267/2006, publicada no Diário Oficial da União em 9/11/2006). Os referidos cursos obtiveram ambos o Conceito 3 (regular; tido como capaz de atender aos requisitos mínimos de qualidade) pela CAPES. O corpo docente e discente do colegiado do programa é formado e dá-se início à realização mensal de reunião colegiadas, documentada em atas, para análise de assuntos acadêmicos e profissionais de interesse ao tempo presente e futuro dos cursos. Abrem-se inscrições para a seleção pública de profissionais com ensino superior completo para os referidos cursos, com previsão de início das atividades de Ensino de Pós-graduação e Pesquisa nos curso. Ainda no ano de 2006, foi firmada parceria (Mestrado Interinstitucional - MINTER) entre o PPGCS/UNIMONTES, a Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros (MG) e o Departamento de Medicina da UNIMONTES, via Programa de Incentivo a Mudanças Curriculares nos Cursos de Medicina – PROMED, com objetivo de capacitar profissionais prestadores de serviços públicos de saúde e docentes, respectivamente, no curso de Mestrado Profissional em Cuidados Primários em Saúde. Essas propostas de parcerias foram encaminhadas à CAPES para análise e receberam pareceres favoráveis para suas realizações. Nesses termos de cooperação, foram garantidos auxílios que nos permitiram oferecer maior suporte ao desenvolvimento de projetos de pesquisas e melhorar nossa infraestrutura de trabalho de Ensino de Pós-graduação e de Pesquisa.
As experiências iniciais com o desenvolvimento dessas cooperações foram determinantes para nosso aprendizado em vários aspectos, com destaque para o desenvolvimento inicial de ações empreendedoras, inovadoras, produtivas técnico-cientificamente e solidárias que pavimentaram o trajeto para aquisição de melhores avaliações junto a CAPES. Entre os anos de 2007 e 2008, ocorreram às primeiras defesas públicas de dissertações no programa. No ano de 2009, estabelece outra parceria estratégica e solidária (Minter em Cuidados Primários em Saúde) firmada com a Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais (SESMG). Nessa parceria, realizamos a capacitação de profissionais prestadores de serviços à saúde que desenvolviam atividades profissionais na prestação de serviços públicos de Saúde em municípios mineiros dos Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri (MG), tendo a cidade de Teófilo Otoni, situada a cerca 500 km de nossa sede, como polo para a realização de Ensino de Pós-graduação e de Pesquisa ofertados pelo curso. Em paralelo, nesse mesmo ano, também foi firmada outra importante parceria estabelecida com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), com sede na capital Belo Horizonte, localizada à 400 km de distância da cidade de Montes Claros, sede do programa, que capacitou profissionais prestadores de serviços públicos de saúde em hospitais da rede hospitalar pública mineira. As atividades de pós-graduação em previstas nessa parceria tiveram início no ano de 2010 após processo seletivo público.
Nesse período, docentes pesquisadores da área de pesquisa laboratorial do programa conseguiram ampliar a infraestrutura física e o quantitativo de equipamentos de pesquisa laboratorial do Laboratório de Pesquisa em Saúde (LPS). Essa ampliação contou com a aquisição de alguns ambientes físicos do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF)/UNIMONTES, o que abriga nossa sede administrativa, nossas atividades de Ensino de Pós-graduação (secretaria do programa, salas de aulas, gabinetes para docentes, biblioteca setorial, sala do telessaúde) e de pesquisa laboratorial (LPS) até os dias atuais. Há também nesse ambiente hospitalar auditório com capacidade para 100 indivíduos. A aquisição de espaços físicos para infraestrutura de ensino de pós-graduação e pesquisa do programa não representou (e ainda não representa) uma tarefa fácil. Embora contássemos com o apoio da gestão superior da UNIMONTES e do próprio hospital universitário, essa ampliação dos espaços físicos somente ocorreu graças às visitas locais realizadas pelos membros da câmara Interdisciplinar CAPES em nosso programa.
Novos docentes jovens doutores são incorporados aos cursos do futuro PPG. São estabelecidos os primeiros termos de cooperação para desenvolvimento de pesquisa com pesquisadores de outras IES do país e do exterior. Foi notável a observação de maior incremento da produção científica gerada pelo corpo docente e discente.
O LPS sofre novas reestruturações e passa a abrigar novos ambientes de pesquisas laboratoriais, sala de informática, ambientes de secretaria e de apoio acadêmico, almoxarifado, setor de esterilização, descartes e de produção de soluções. Embora representasse naquele momento uma conquista importante para o programa, o LPS ainda contava com importantes limitações de infraestrutura, uma vez que não fora originalmente planejado para abrigar tais atividades de pesquisas laboratoriais. O programa pleiteou junto à agência Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), via edital CT-Infra, o financiamento para construção de nova infraestrutura física (prédio de quatro andares) para abrigar atividades de pesquisas, inovação tecnológica e de bioterismo de criação e experimentação animal. O projeto do programa foi aprovado pela FINEP.
Também no ano de 2010, é solicitada à CAPES a abertura de curso novo de doutorado acadêmico em Ciências da Saúde, sendo essa solicitação aprovada pela agência. Agora, com a aprovação do curso de doutorado, fora estabelecido um PPG stricto sensu completo, com cursos de mestrado e de doutorado em Ciências da Saúde. Em sua primeira avaliação trienal (Trienal 2010), o programa PPGCS/UNIMONTES obteve Conceito 4 em sua proposta acadêmica avaliada pela CAPES. Em 2011, dá-se o início às atividades no programa para a primeira turma do Doutorado em Ciências da Saúde (Portaria n° 1105, publicada em 4/9/2012, Seção 1, Pág. 97, Parecer CEE nº 547, de 1º de agosto de 2013). Em 2012, a ocorrência de um fato marcante: por sugestões feitas por colegas da Área Interdisciplinar da CAPES ao programa e após um longo período de debates, foi aprovada em reunião colegiada do programa a desvinculação completa dos cursos acadêmicos de mestrado e doutorado em Ciências da Saúde (estabelecendo-se agora o conceito de PPG em Ciências da Saúde) e o curso de Mestrado Profissional em Cuidados Primários em Saúde.
O documento de Normas do Programa foi reavaliado e foram acrescentadas novas normas que estimularam a realização de estratégias interdisciplinares nas atividades de Ensino de Pós-graduação e de Pesquisa do programa, assim como, estabeleceram novos parâmetros de avaliação para credenciamento, manutenção de credenciamento e descredenciamento de docentes no programa.
Ainda em 2012, ocorreram os primeiros estabelecimentos de intercâmbios de docentes, pós-graduandos e acadêmicos de Iniciação Científica em IES e centros de pesquisas estrangeiros. Foram os primeiros passos dados em prol das atividades de internacionalização do programa. Nesse mesmo ano, também ocorreu a seleção de profissionais para realização de estágio de pós-doutoramento pelo programa. No ano de 2013, a CAPES avalia o PPGCS/UNIMONTES com o Conceito 5 (Trienal 2013). Entre 2013 e 2016, nota-se uma expressiva produção científica, quanti-qualitativa, de artigos científicos associada com uma expressiva capacitação de recursos humanos nos cursos de mestrado e doutorado acadêmicos em Ciências da Saúde. O franco desenvolvimento do polo universitário vivido em Montes Claros (MG) e seu entorno permitiram a rápida absorção da maioria dos profissionais egressos dos cursos de mestrado acadêmicos e profissional em IES públicas e privadas, assim como, em trabalhos públicos e privados de prestação de serviços de saúde.
Nesse mesmo período, realizamos a primeira mudança da Matriz Curricular do programa em busca de uma maior interdisciplinaridade nas ações docentes. Incentivados por membros da Área Interdisciplinar da CAPES, realizamos uma série de reuniões com o objetivo de configurarmos melhor nossas áreas de concentração, linhas de pesquisas e projetos de pesquisas, dentro de uma perspectiva de desenvolvimento desses itens de forma francamente interdisciplinar, o que representa um desafio muito grande em alguns aspectos para qualquer PPG na Área Interdisciplinar. E não foi diferente para o PPGCS/UNIMONTES. Com muito trabalho e resiliência, conseguimos contornar muitas das barreiras que naturalmente impedem o estabelecimento de ações realmente interdisciplinares no Ensino de Pós-graduação e Pesquisa em Saúde. Uma nova Matriz Curricular, com uma melhor definição de áreas de concentração e linhas de pesquisas do programa.
Na avaliação quadrienal realizada pela CAPES no ano de 2017 (2013-2016), o PPGCS/UNIMONTES obteve conceito 6, sendo considerado, pois, um programa de pós-graduação stricto sensu de excelência junto à CAPES. Com a aquisição desse conceito, os recursos financiados pela CAPES via Programas de Excelência (Proex) para manutenção de pós-graduandos (bolsas de suporte às atividades de pós-graduação) e de uma série de atividades de Pesquisa, Inovação Tecnológica em Saúde, Internacionalização e de Ensino de Pós-graduação. A gestão desses recursos é realizada pelo próprio programa, notadamente por uma Comissão gestora docente (Comissão PROEX).
No ano de 2018, com os recursos oriundos do Proex, o PPGCS/UNIMONTES realizou uma série de atividades que visavam o incremento do processo de internacionalização do programa. Foi realizado o “I Congresso Internacional em Ciências da Saúde (CICS)”, com participação de pesquisadores estrangeiros e brasileiros, parceiros de projetos de pesquisas com envolvimento de docentes do programa. Adicionalmente, foram financiadas algumas visitas de docentes à IES e centros de pesquisas internacionais. Nas visitas de curta nesses centros, ocorridas entre os anos de 2018 e 2019, foram formalmente documentados termos de cooperação em pesquisa internacional para desenvolvimento de projetos de pesquisas interinstitucionais internacionais e intercâmbios bilaterais de pesquisadores e discentes do programa. Termos de Cooperação em Pesquisa internacional foram firmados com pesquisadores de centros de pesquisas e IES estrangeiros na Suíça, Portugal, Noruega, Canadá, México, EUA e Espanha. De 2018 até os dias atuais, já foram firmados 10 Termos de Cooperação para desenvolvimento de projetos de pesquisas em comum e intercâmbios.
Entre 2016 e 2018, ocorreram nossas primeiras experiências com intercâmbios de discentes em atividades de doutorado-sanduíche, um na Alemanha e outra na Noruega. Entre 2018 e 2019, a Comissão Gestão e a Comissão de Internacionalização do programa desenvolveram um trabalho de reformulação do sítio eletrônico do programa com a apresentação de seu conteúdo em três línguas: português, espanhol e inglês. Atualmente, os docentes do programa têm se atentado à obtenção de bolsas e fomento a projetos de pesquisas para suporte às atividades de pesquisa e de pós-graduação em cooperação internacional.
Em 2019 foi realizado o “II Congresso Internacional em Ciências da Saúde (II CICS)” coordenador por docentes do programa. De destaque, nesse evento convidamos outros PPG stricto sensu da própria UNIMONTES (Curso de Mestrado Profissional em Cuidados Primários em Saúde e o Programa de Pós-graduação em Biotecnologia) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), campi Montes Claros (MG), Curso de Mestrado Acadêmico em Alimentos e Saúde. Mais uma vez, contamos com a participação em nosso evento científicos de vários docentes e pesquisadores de IES nacionais e estrangeiros. Esse evento científico multiprofissional, interdisciplinar, internacional tem se estabelecido como um evento importante (e até o presente o único) para a divulgação do conhecimento científico de interesse à saúde para populações de acadêmicos, de prestadores de serviços à saúde, gestores e para a sociedade de forma geral das macrorregiões norte-mineira e dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (MG) e macrorregião sul do Estado da Bahia.
Em paralelo com os trabalhos de desenvolvimento da atividade de internacionalização do programa, a Comissão de Pesquisa Extensionista do programa tem trabalhado para incrementarmos a produção científica aliada às grandes demandas de Saúde das populações locais. Temos incentivado com recursos financeiros oriundos do Proex/CAPES o estabelecimento de projetos de pesquisas com ações extensionistas mais robustos que destaquem a visibilidade locoregional das ações realizadas pelo programa; que ajudem na resolução de problemas de Saúde da população e; que permitam o desenvolvimento de pesquisas que resultem na geração de produtos científicos de qualidade, entre artigos científicos, material de divulgação da pesquisa científica e geração de produtos inovadores. Com relação a esse último tópico, a Comissão de Inovação Tecnológica tem trabalhado no desenvolvimento de projetos de pesquisas entre os docentes do programa que visem a geração e produtos tecnológicos inovadores de interesse à saúde. Esses produtos da pesquisa científica atualmente podem ser apresentados como resultado dos trabalhos realizados nos cursos de Mestrado e de Doutorado Acadêmico. A Comissão Proex do programa normatizou o apoio financeiro para o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica desenvolvidos por docentes do programa. Ainda, essa Comissão de Inovação Tecnológica foi responsável pela formatação e uma disciplina obrigatória, homônima, oferecida pelo programa para os discentes do Doutorado em Ciências da Saúde. Nesse mesmo ano de 2019, o PPGCS/UNIMONTES deu um novo passo em busca de uma maior interdisciplinaridade.
Com o ingresso cada vez mais relevante de novos membros docentes, no corpo permanente e colaborador do programa, oriundos das áreas do conhecimento diferentes da Saúde, o programa realizou sua segunda mudança em sua Matriz Curricular em busca de uma maior interdisciplinaridade nas ações desenvolvidas pelos docentes em seus projetos. Novamente, realizamos uma série de reuniões internas e externas para tentarmos configurar nossas áreas de concentração, linhas de pesquisas e projetos de pesquisas numa formatação ainda mais interdisciplinar. Com um trabalho ainda mais ousado, orientado pela Comissão de Ensino do programa, realizamos a mudança da matriz curricular com a transformação de todas as disciplinas obrigatórias oferecidas pelos docentes do programa em optativas. Apenas duas disciplinas são de curso obrigatório nesse momento: Estudos Interdisciplinares em Saúde (para o Mestrado Acadêmico) e Inovação Tecnológica em Saúde (para o Doutorado Acadêmico). Ambas têm composição multidisciplinar; exibem parte importante do seu conteúdo teórico de forma virtual, mas com momentos presenciais (virtual e fisicamente) com todos os docentes e discentes participantes em cada uma delas.
Ainda no ano de 2019, destacamos mais um ato de empreendedorismo e de solidariedade promovido pelo programa: a criação dos cursos de Mestrado e de Doutorado Interinstitucionais (Minter e Dinter em Ciências da Saúde) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Extensão em Saúde Pública (INPES) de Vitória da Conquista (Bahia). Essa cidade localizada na região sul baiana, distanciada da cidade Montes Claro em 470 km, representa um importante polo de referência educacional universitário e de prestação de serviços à Saúde em sua macrorregião. Contudo, carece de PPG stricto sensu especialmente para atendimento de profissionais que desejam se capacitar na área da Saúde. O PPGCS/UNIMONTES realizou processos seletivos para cumprimento dessa parceria e deu início às atividades de Ensino de Pós-graduação e desenvolvimento de Pesquisas no início do ano de 2020 com a aprovação dos novos cursos pela CAPES.
Em 2020, realizamos o “III Congresso Internacional em Ciências da Saúde”. Em meio à pandemia proporcionada pela Doença do Novo Coronavírus 2019 (COVID-19), o evento científico foi configurado para ocorrer de forma totalmente virtual, online (transmitido pelo YouTube) e de forma gratuita. Se inscreveram nesse evento científico 928 participantes. A programação do evento contou com a participação de palestrantes de IES e Centros de Pesquisas brasileiros e estrangeiros (Portugal, Noruega, EUA, Espanha, México e Argentina) proferiram palestras e participaram das discussões, que tiveram como foco a geração de ações de interdisciplinaridade na pesquisa e para a prestação de serviços em saúde para o enfrentamento à pandemia da COVID-19. Dessa forma, além da preocupação com o alcance internacional das ações técnico-científicas desenvolvidas no programa, o momento vivido naquele momento de pandemia da COVID-19 exigia que ações de solidariedade fossem incentivadas e colocadas em prática. No primeiro dia do CICS, o canal do programa no YouTube contou com aproximadamente 3.000 visualizações, seguido de 2.647 e 990 visualizações nos dias seguintes, respectivamente. A audiência abarcou diversos profissionais e pesquisadores da área da saúde e de áreas afins, além de estudantes de pós-graduação e graduação das cinco regiões brasileiras, de países da América do Sul (Colômbia, Equador, Bolívia, Argentina e Chile), da América do Norte (México, EUA e Canadá), países europeus (Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Noruega), da Ásia (China) e Oceania (Austrália).
Desde 2017 até os momentos atuais, o PPGCS/Unimontes apresenta cerca de 80% de docentes com dedicação exclusiva às atividades de pós-graduação stricto sensu pelo programa. Cerca de 60% dos profissionais são pesquisadores bolsistas de produtividade do CNPq ou da FAPEMIG. O corpo docente permanente do programa exibe originalmente um perfil multidisciplinar, mas com relevante desenvolvimento de projetos de pesquisas com perfil interdisciplinar, muitos deles com financiamento por parte de agências que fomentam a pesquisa científica. O programa está atualmente composto por 24 profissionais docentes, sendo 17 permanentes, 5 colaboradores e 2 convidados. Cada vez mais, o programa tem apostado na valorização do arranjo multidisciplinar de seu corpo docente. Atualmente, esses profissionais que compõem o corpo docente do programa (permanentes, colaboradores e convidados) são oriundos dos departamentos de Medicina, Odontologia, Enfermagem, Biomedicina, Matemática, Sociologia, Teologia, Agronomia, Fisiopatologia, Imunologia, Ciências da Computação, Engenharia Eletrônica, Engenharia Agronômica, Economia, Educação Física, Farmácia e Ciências Biológicas. Há uma mescla de docentes pesquisadores experientes (que formam a maioria do programa) e jovens doutores recém-ingressados na Unimontes e rapidamente convidados a participar do programa. Todos os docentes se encontram envolvidos em Comissões de Trabalho do programa, a saber: Gestão, Proex, de Internacionalização, de Bolsas, de Avaliação (docente e disciplinar), de Ensino, de Infraestrutura, de Inovação Tecnológica, da Plataforma Sucupira/Coleta CAPES, de Pesquisa Extensionista. A formação dessas Comissões de Trabalho Docente tem a proposta de permitir que a gestão do programa seja realizada de forma compartilhada por todos os docentes, conferindo-lhes autonomia e sensação de maior pertencimento a esse programa de pós-graduação. A maioria dos docentes participantes do PPGCS apresenta produtos de divulgação científica relevantes do ponto de vista quantitativo e qualitativo. Adicionalmente, cerca de 40% dos docentes do programa já firmaram Termos de Cooperação para realização de pesquisa científica em parceria com pesquisadores internacionais. As orientações na Iniciação Científica, Mestrado Acadêmico, Doutorado e Pós-doutorado em Ciências da Saúde tem se expandido consideravelmente a cada ano, resultando em progressos no Ensino de Pós-graduação, no desenvolvimento de Pesquisas, na geração de produtos de Inovação Tecnológica, na capacitação de recursos humanos e cada vez mais consciente da necessidade de prestar um maior retorno de suas ações para a Sociedade.

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